Dia 04: Dei-me ao luxo de acordar mais tarde no sábado e levantei 09:30. Como tinha perdido o café da manhã, fui direto para a praia. Fiquei andando pela areia e nadando nos pontos em que o mar menos puxava. Adorei o fato de não ser tão frequentada, dá uma sensação maior de liberdade e descanso. Dessa vez não levei nada, então consegui curtir sem ter que ficar pensando na bolsa. Quando já se aproximava do meio-dia voltei para a pousada. Tomei um banho, troquei de roupa e fui almoçar. Perto do posto da Petrobrás tem um restaurante bem simples onde a refeição custa R$9 e o kilo R$19,90. Quando deu 14:00 tomei outro banho e coloquei a roupa para viajar. As coisas estavam dentro do armário, tive que arrumar novamente a mochila. Aproveitei que ainda tinha umas horas e tirei mais um cochilo de uma hora. Quando acordei, faltavam duas horas para sair o voo. Resolvi desta vez que não pagaria aquele absurdo para um taxista, abri o GPS e vi a distância da pousada até o aeroporto, exatamente 3,2 Km. A estação rodoviária não estava tão distante. Colhi algumas informações com o recepcionista, na rua, e consegui chegar em menos de 15 minutos. A passagem custa R$2,30 para qualquer lugar. Fiquei quase 1 hora esperando o ônibus, já estava morrendo de calor e sede. Desta vez fui prevenida e levei 1,5L de água. O caminho foi rápido, o transporte não para tanto. Fiz o check-in na GOL e fui procurar a sala de embarque. O aeroporto é muito pequeno, quase não há voos e muito menos passageiros. Fiquei perdida por alguns minutos até ver a porta escondida atrás da escada. Mais uma hora esperando o avião. Assim que entrei, no voo que tinha destino final Guarulhos, pedi a aeromoça para voar de cabine. O comandante autorizou apenas por que sou controladora de voo. Já tinha voado no Airbus 320 da TAM até Brasília. De Aracaju até Maceió fui conhecendo o Boeing 737-300 da GOL, com direito a ouvir a fonia e tudo! O voo dura exatamente 35 minutos. Quando o avião estabilizou, o co-piloto já solicitava ao ACC Recife descida. Pousamos na cabeceira oposta, realizando o RNAV e não o costumeiro ILS. Desembarquei, agradeci a tripulação e fui buscar a mochila que havia sido despachada. Vários taxistas queriam insistir para que me levassem até o albergue (R$60). Disse 'não' à todos e perguntei onde era o ponto de ônibus. Uma hora esperando, aproveitei para pegar informações com os nativos. Eles me disseram que eu deveria pegar o ônibus "Ponta Verde" e pedir para descer próximo à praça Lions. O motorista não sabia onde ficava o Hostel mas sabia sim onde era a praça. Passou um pouco do ponto e me deixou bem em frente. Tentei seguir dali com o GPS que me fez dar umas cinco voltas no bairro e perder meu chinelo da Quicksilver. Já suando e com medo de ser assaltada pelas ruas escuras e vazias, parei num salão. Disse o nome da rua e a mulher não conhecia. Resolvi deixar o dispositivo guardado e seguir na sorte. Quando menos esperava, vi a placa quase escondida "Maceió Hostel & Pousada". Entrei e fui fazer o check-in. Para minha surpresa, o recepcionista era chileno. Oswaldo falava um portunhol mais para espanhol que tudo. Sempre odiei a língua, tentei o inglês e nada. Voltei para o português. Eu havia pagado o dono da pousada toda a estadia no mínimo um mês antes da viagem. Ocorreu um mal entendido, tive que abrir o tablet para provar que havia depositado. Fiquei um pouco chateada... Quer me irritar é falar que não paguei algo que paguei! Segui para o quarto "Praia do Gunga". Quando entrei, Oswaldo me mostrou uma cama que provavelmente estaria vazia e os armários. Ele saiu e fui tomar um banho. Para variar, quase tomei um choque naquele sistema de chave que só tem no Nordeste (ai, região complicada!). Estava sem chinelo e ficar descalça naquele chão não era uma boa pedida, mas... Não tinha outra saída! Enquanto eu terminava, duas meninas chegaram. Sai do banho e começamos a conversar. O nome delas, Cecília e Camila. Cecília é professora da UFPE em Caruaru e Camila trabalha na área de turismo em São Paulo. Elas haviam combinado de sair para um forró. Não animei inicialmente, aliás, era mais forró! Eu nunca consegui dançar e já havia desistido a essa altura do campeonato. Com o passar das horas, elas foram se arrumando e me empolgando. Quando estávamos saindo, os meninos resolveram ir. Nós iriamos na frente e eles chegariam mais tarde. Pegamos um táxi até o restaurante Lampião (R$10) em sua noite de reabertura. 21:00 e fomos as primeiras a chegar, o trio estava pronto para tocar. Começamos com algumas caipivodkas de graviola, kiwi e afins. 22:00 algumas pessoas começaram a chegar. Ricardo estava acenando... Eu só conseguia ver que tinha um homem mexendo as mãos mas não sabia ao certo quem, maldita visão. Camila falou quem era e fui até lá. Ele e Andreas, um suíço de 22 anos, se juntaram à nós. Os professores de forró chegaram e eu ainda não tinha motivação para dançar, ou tentar. As meninas ficaram brincando que faltava mais álcool. Depois das 23:00 um amigo dos meninos também chegou; Guilherme, um cozinheiro mineiro que trabalha em Maceió. Todos foram dançar e meia-noite, depois de muita insistência, resolvi ir. E não é que eu dancei? E nem foi pelo álcool! Mais tarde resolvemos ir embora já que todos iriam fazer passeios bem cedo. Pegamos um táxi os cinco e voltamos para o albergue.
Olá Juliana, estou indo pra Aracajú dia 29/07. gostaria de saber se tem dicas de hotel ou pousada em conta que tenha ficado lá! Obrigada! bjs
ResponderExcluirsulamitaassuncao@hotmail.com
Uma pena que só vi o comentário depois da tua viagem!
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